Morta de fome, uma raposa foi até um vinhedo sabendo que ia encontrar muita uva. A safra tinha sido excelente. Ao ver a parreira carregada de cachos enormes, a raposa lambeu os beiços. Só que sua alegria durou pouco: por mais que tentasse, não conseguia alcançar as uvas. Por fim, cansada de tantos esforços inúteis, resolveu ir embora, dizendo:
- Por mim, quem quiser essas uvas pode levar. Estão verdes, estão azedas, não me servem. Se alguém me desse essas uvas eu não comeria.
Sempre me refiro a esta fábula quando critíco algo que queria ter e não posso. Um exemplo é quando alguém diz que vai para o litoral do Nordeste e eu digo: Ah, lá não é bom nada, quente e ruim.
Ao terminar de falar eu já digo: A raposa e as uvas. Muitos não conseguem entender o que falei. Parece óbvio, mas pelo que percebi não é.
Percebo ainda que a leitura ainda é algo banal no dia a dia das pessoas, e que se o livro não tiver muitas imagens e for grosso está fadado a não leitura.
História tirada do link http://www.metaforas.com.br/infantis/araposaeasuvas.htm
Do livro: Fábulas de Esopo - Companhia das Letrinhas
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