Dois caras, felizes da vida em um dia a trabalho fazem uma viagem. Na volta vêem um rio lindo e dizem que um dia pescarão naquele rio. A vontade era tanta que em breve tiveram que voltar na região daquelas águas chamativas (também a trabalho), e quando voltavam da viagem pararam lá no rio novamente com o objetivo de pegar nem que fosse o rabo de um peixe, porém da tralha de pescaria os dois “pescadores” só tinham dois anzóis.
Eles poderiam desanimar, desistir, mas nunca... decidiram encontrar soluções e pescarem.
João disse:
- Vamos procurar linha aqui na beira do rio.
Por incrível que pareça, haviam metros e metros de linhas jogadas às margens do rio... agora só faltavam iscas... mas desistir? Nunca!
Enquanto Cazé amarrava a linha no anzol, João pegou um pedaço de pau e vou “cavucar” na beirada do rio almejando encontrar algumas minhocas, mas em vão.
Desistir, nunca... viva pescaria...
Diante do problema exposto, João encontrou uma garrafa pet cortada ao meio, e vendo alguns peixinhos pequenos que ficavam mais às margens do rio, decidiu colocar a metade da garrafa na água, quando um peixinho entrasse, ele o tirava e o fazia de isca.
Isso é criatividade, que funcionou, João conseguiu pegar três peixinhos, mas com estes peixinhos não conseguiu pegar nenhum maior para cortar e fazer de isca.
Enquanto João pescava, ele ria de Cazé que até então não conseguira pegar nenhum pequenino peixe para se deliciar nos prazeres da pescaria.
Até que um milagre aconteceu, Cazé conseguiu pegar a isca tão almejada, mas este quase escapoliu, pulando na meia garrafa e caindo novamente dentro dela... era um sinal divino.
Cazé, com sua falta de habilidades com pescaria iscou o peixinho e jogou o anzol e esperou, até que um peixe de cerca um palmo de tamanho mordeu a isca e vualá, “pegô o bichim atrivido”.
Agora faltava algo pra cortar o peixe, para fazer dele iscas, só que não haviam facas ou coisa parecida.
João procurou algo que pudesse cortar o peixe e nada, então Cazé viu uma garrafa de cerveja jogada às margens do Rio, Cazé então pegou esta garrafa e quebrou-a, fazendo assim dela um objeto cortante, passando a ao João que conseguiu cortar o peixe, porém algo curioso aconteceu antes desse fato. Da boca do peixe saiu um peixinho que também serviria de isca.
Enquanto João cortava o peixe, Cazé pegou o peixinho que estava anteriormente na barriga do “peixão”, o iscou e vualá, um piau...
- Cagada... duas cagadas! Gritou João.
A farra ia por aí, mas peixes não eram mais pegos. Até que o anzol de Cazé engarranchou num pau e ele perdeu sua tralha de pesca.
Ao procurar algum anzol que poderia estar jogado em algum lugar, Cazé já desistia quando João disse:
- Tem um espetado naquele saco dentro do rio.
Realmente havia o bendito anzol lá, só que pra pegar sem se sujar era impossível, mas com muita insistência Cazé conseguiu pegar aquele saco com um pau, e dali tirou dois anzóis, uma chumbada e muita linha.
Novamente em atividade de pescaria, sem sucesso a polícia florestal chegou. Em época de piracema se não tiver licença pra pescar, é multa ou cadeia, eles não tinham.
Mas os policiais vendo que eles eram muito amadores até orientaram como pegar uns peixes “talvez para tomá-los depois”, mas sem sucesso.
Então João e Cazé decidiram ir embora, dar prosseguimento à viagem, já que com a presença da lei ficaria difícil uma pescaria em paz.
Foram rindo durante a viagem toda, afinal, haviam realizado o grande sonho de pescar naquele belo rio.
Fato real, nomes fictícios.
Amigo que me inspirou a escrever este texto, vá com Deus na sua jornada.
Estória de Pescador – Criatividade
terça-feira, maio 29, 2007
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1 comentários:
Por incrível que pareça os fatos são reais e as dificuldades também.
Já dizia o poeta que amigo é coisa para se guardar, até mesmo na pescaria.
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