Dedos em movimentos frenéticos que parecem ter vida
própria e sincronismo ensaiado como se ensaiam passos de tango. Em movimentos
quase que impecáveis (pros pecados existem o backspace ou o del) letras
vão aparecendo na tela.
De repente uma voz já fragilizada pela impiedade do tempo se arrisca
a opinar:
- Mas esse tal de computador é danado mesmo né sô?!
- É! Normal! – Diz a voz da razão que já não
se expressa muito em oratória e sim com o movimento dos dedos, mas não
é LIBRAS e sim TECLAR.
Porém a frase não é uma mera frase, é uma algo que
denuncia uma história, uma vida. Frase que não conhece o computador,
mas vê o “tal do computador”.
A denúncia oral gera reflexão, não dos dedos, mas da mente
quase controlada por eles. Afinal... Como é que esta pessoa chama o computador
de tal?
Absurdo é!
Chamar o computador de tal se o tal já sou eu, ou você que não
vive sem o tal, ou melhor, é um dos tais que não vive sem o computador.
Revoluções, facilidades e toda uma gama de transformações
sociais surgiram e “já nem sei se meu melhor amigo é homem
ou mulher, afinal este usa um nick unissex”.
Será então que para a pessoa que o computador não passa
de um tal a felicidade é mais simples?
Será como essa pessoa viveu sem essa maravilha?
O inteligente sou eu que “domina” a máquina.
Quem é esse tal que chama meu computador de tal?
Ah! Deixa pra lá, só posso fazer este texto lido por vários
por causa da internet, e tem mais, que se dane esse tal, vou é continuar
a teclar, afinal só tem doze horas que estou com meu amigo computador...
...Cristiano da Silva “edeugalho”
Mais esse tal de computador!
sexta-feira, novembro 18, 2005
Postado por Pix 82. às 16:29 3 comentários
Marcadores: Crônica
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